[Philip K. Dick, Brasiliense, 1985]
História alternativa. As potências do Eixo venceram a Segunda Guerra. A Costa Oeste dos EUA foi ocupada pelos japoneses e a Nova Inglaterra pelos nazistas. Nesse cenário insólito, um autor escreve um romance de história alternativa no qual os aliados venceram a guerra.
Hummm. Tudo verdade. Nada ousado hein. Sem opinião de verdade. Lendo assim pode-se ter a impressão de ser um livro dinâmico, coisa que a história não é. Na verdade, eu ainda vou ler os outros livros famosos do K. Dick. Algo me diz que, muito provavelmente, Blade Runner e Total Recall não têm nem a metade da adrenalina que os filmes tiveram. (Sim eu sei. "Blade Runner e adrenalina são palavras que não combinam. Leiam este livro e mudem de idéia.)
Mas O Homem do Castelo Alto é bastante interessante, e não apenas por tratar de um tema muito comum à ficção-científica - uchronias - mas por trazer uma série de análises sobre cultura e aculturamento.
No livro os imigrantes japoneses que vivem na Costa Oeste parecem gostar bastante de Pop Art americana, comprando relógios de pulso do Mickey Mouse e quadros que na verdade são gravuras de desenhos animados. Um dos protagonistas do livro é um homem que lida com esse tipo de material. Um antiquário.
Há um lado místico também, com o uso do I Ching como ferramenta de detecção de realidades alternativas. No caso, realidade alternativa é a nossa. Um site que se propõe a condensar resumos de livros explicou o mote da história:
"Os malvados perdem mesmo quando ganham".
É mais ou menos isso.
Wednesday, September 14, 2005
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