Sunday, May 29, 2005

criação

A Scientific American publica em seu site um artigo muito interessante combatendo os ideais criacionistas.

Acessível e engraçado, se você estiver no clima. Se não estiver, é só triste.

(link via blog da Bookslut)

coisas de cultura

1. Recomendo fortemente uma visita à Livraria Cultura de Porto Alegre. (Ou à qualquer livraria decente por aí).

Só porque a Penguin Books fez 70 anos.

E com isso, lança 70 livros (micro-livros, na verdade, como no máximo 50 páginas) com uma diversidade autoral impressionante. Cada livro custa £1,50 (mais ou menos R$8,50).

O que conta mesmo é a oferta. Tem de tudo, desde Virginia Woolf até Franz Kafka, passando por Gabriel Garcia Marquez, George Orwell, Jorge Luis Borge e Nick Hornby.

Comprei dois: um do Alain de Botton (chamado On Seeing and Noticing), escritor suíço da pseudo-auto-ajuda-com-cérebro, que eu comprei devido a certos traços de humor na sua escrita. E eu faço qualquer coisa por humor. E também comprei o livro The Unabridged Pocket Book Of Lightining, do sr. Jonathan Safran Foer.

O pequeno livro traz um prefácio do autor, um pequeno conto experimentalista sobre relações familiares e os sinais que são utilizados (com um uso nada convencional de sinais gráficos no livro para fazer a explicação) E três capítulos do, na época, próximo livro a ser lançado dele: Extremely Loud and Incredibly Close. Eu já tinha visto o livro (este, não aquele) na livraria e já tinha me interessado antes. A capa é extremamente interessante, e me lembrou de desenhos de Jim Steranko na hora. Li a contracapa e quis levar. O preço me impediu naquela hora, apesar de não estar exatamente caro, para um livro importado. (O engraçado é que Daniel Galera já tinha escrito algo assim em seu blog)

Mas os três capítulos de prévia neste livrinho da Penguin me fez pensar que é imprescindível que eu leia esse livro, e logo. Excelente capítulo de abertura.

2. Nesse teste, pode-se descobrir se os conhecimentos cinematográficos e culturais estão em dia. A pegadinha é que deve-se discernir as celebridades normais das celebridades pornô. It´s the Porn-a-like Quiz.

3. Alan Moore é um gênio completo. Li todos os 12 números da série Top Ten, do seu selo America´s Best Comics, e posso dizer que é um The Shield meets Legion of Super-Heroes. Recomendo fortemente. Pena que não sai no Brasil. E mesmo que saísse, nem sei porque escrevo essas merdas aqui. Meus dois leitores não são exatamente fãs de HQ´s.

4. Mesmo assim, devo dizer que a revista especializada em quadrinhos Wizard lançou uma edição especial ordenando os 100 melhores TPB´s (encadernações) de quadrinhos de todos os tempos. Destes 100 eu li 40. E vocês me achavam um comic geek. (Não Tati, Gerações não entrou. Mas a primeira mini-série da Morte sim.)


Sunday, May 22, 2005

morte e tal

Nesse site pode-se descobrir notinhas e historietas mais do que interessantes sobre a morte e coisas que a acompanham.

Para mim, a melhor história é a do Napoleão. Que coisa mais engraçada aquela, e que me perdoem todos os turco-descendentes.

[cortesia do link: Filisteu.]

Quick: esta foi só para você ver que, sim, eu posto em finais de semana.

Friday, May 20, 2005

qual é o seu super-poder?

Responda o teste e descubra qual é o seu super-poder.

[certamente é uma coisa fajuta e mal preparada. o meu deu super-força. hah.]

previsão de futuro

Nesta matéria do NYTimes dá para ter uma prévia de um provável futuro para a minha pessoa. Já fui avisado, mas ainda assim insisto que é impossível ser soterrado por uma coleção de HQ´s.

Depois de ler a matéria sinto que estou brincando com a morte.Talvez eu rearrange as coisas.

E certamente farei um testamento. Ah, o pavor de ver uma coleção inteira jogada no lixo.

[o link para o artigo foi encontrado no blog da Bookslut]

star wars memorabilia (ou quase)

O cara tenta escrever coisas decentes, criativas e intelectuais sobre a vida e a arte. Pensa: não, nada de putaria no meu blog. Isso aqui é um espaço adulto onde as idéias é que importam e onde pode-se discutir sem problema as obras artísticas de hoje e sempre.

Mas daí se topa com isso na rede. E não se pode ignorar esse tipo de coisa.

E não se fala de Espisódio III por enquanto. Verei daqui a exatos 4 meses, quando as filas sumirem e todo mundo parar de cantarolar a marcha imperial.

Thursday, May 19, 2005

o mundo da ficção científica

Saiu a lista de finalistas da Locus para os prêmios literários deste ano. Vi a notícia no site do Neil Gaiman - que por sinal é uma galáxia em Star Wars - onde ele fica feliz por ter sido indicado (na categoria conto) mas espera não ganhar devido à excelente competição desta edição.

Eu fui ver a tal lista. Mas já esperando não conhecer nenhum dos títulos ou escritores, visto que eu estou cada vez mais parecido com o protagonista do Alta Fidelidade que não acompanha mais com tanto fervor as novas safras de músicos e as novas informações que insistem em pipocar mês a mês, ano a ano, década a década. Estagnei em um ponto em que, para mim, autor de ficção científica é Asimov, Bradbury, Hubbard ou - pasmem, o já idoso - Gibson.

Mas eu consegui reconhecer não um, não dois, mas vários dos autores. (O que significa que: ou eu não estou tão largado assim (o que é bom) ou os autores não estão se renovando (o que é ruim).

De qualquer modo, foi uma coisa boa ver a autora Susanna Clarke na lista de indicados por melhor romance de estréia - o especialmente atraente Jonathan Strange and Mr. Morrell - e alguns conhecidos por ali (Terry Pratchett, Gene Wolfe, o próprio Neil Gaiman, Stephen King)

Ah, e Neal Stephenson, com um volume do seu Baroque Cycle. Nunca li nada dele, mas Snowcrash e The Diamond Age estão na minha lista de livros a comprar quando eu voltar a comprar livros.

(Na lista de indicados também estão as melhores revistas do ramo. A Locus não disputa. A Asimov´s Magazine está lá. Eu comprava religiosamente a edição brasileira da Isaac Asimov Magazine quando a Record a publicava lá pelos idos de 1993. Foi cancelada e não vale nem a pena discutir o porquê. Era boa. Tinhas altos e baixos, mas era boa.)

Tuesday, May 17, 2005

grisson é o cara

"As pessoas não somem, Jim. Isso é molecularmente impossível."

Monday, May 16, 2005

erogs

Em seu site pessoal o escritor britânico Warren Ellis escreve sobre a nova moda entre os blogs: os Erogs.

Supostamente criado no Japão, o termo Erog é uma mistura de Blog e Erotica - sem a letra 'L', que inexiste no alfabeto japonês - e traduz uma tendência mundial: eroticismo pessoal na rede de computadores.

Teoricamente, é um novo tipo de tendência. Para mim, é putaria das antigas em espaços com formato de blog. Grandes coisas.

De qualquer modo, há uma matéria para ser lida aqui. E também existe um mecanismo de busca - o erogsearch - para se encontrar os tais Erogs. (Boa sorte se você não entende japonês).

O interessante é a pergunta que algum comentador de blog levantou: se uma menina de 14 anos conseguir uma câmera digital, conexão à internet sem supervisão, tiver um faro precoce para o sexo e decidir postar fotos suas em poses pouco puritanas, quem é que vai ser preso por pedofilia e pornografia infantil?


Thursday, May 12, 2005

fim do mundo

É. Agora é o fim. Sem brincadeira.

Futurólogo prevê o fim da leitura e da escrita em até 45 anos.

Para quem tem preguiça de ler - ainda mais em inglês - aqui vai um trecho:

He points to the phonograph, telephone, television, video, movies, and instant and text messaging lingo as proof of our culture's unconscious rebellion against text.
Triste e bizarro.

[o link é cortesia do blog do site Bookslut, que já pensa em se transformar em revista sobre badminton.]

Tuesday, May 10, 2005

os sete argumentos básicos

Qual a diferença entre o filme Tubarão, a lenda Beowulf e a história da Chapeuzinho Vermelho? Basicamente nenhuma, certo?

Mas para este autor, todas as três pertencem a um tipo de argumento literário comum. E esse argumento faz parte de um grupo de apenas sete.

1. Sobrepujando o monstro (os três já mencionados)
2. Dos trapos à riqueza (Cinderella, David Copperfield)
3. A Busca (a Odisséia)
4. Viagem e Retorno (Robinson Crusoé, Alice no País das Maravilhas e A Máquina do Tempo)
5. Comédia
6. Tragédia
7. Renascimento (Branca de Neve, Um Conto de Natal e Crime e Castigo)

Inesperadamente, o autor adiciona ainda duas novas divisões: Rebelião (1984) e Mistério (histórias detetivescas), criadas mais recentemente na história ficcional humana.

Interessante. E isto no mesmo dia em que decido que existem apenas quinze tipos de rosto no universo inteiro.


eu já sabia

Por favor, desistam. Nada de bom pode sair disso. E quando estiver nos cinemas, lembrem-se: nós avisamos.

o império google

Sempre me pego em tentativas patéticas de expor minhas opiniões sobre o Grande Oráculo que acabam em nada. Ainda bem que tem quem consiga. Aqui, Solon (do Inductio) resume bastante bem o que anda acontecendo de bom e de ruim no mundo do Google.

De qualquer modo, ainda espero ansiosamente pelo Google Messenger.

a blogosfera brasileira

Neste artigo (coluna?) no No Mínimo, Pedro Dória discute sobre a baixa existência de blogs informativos no Brasil. Segundo ele a grande maioria dos blogs ainda é uma grande mesa de bar, seguida de perto por alguns do tipo literário. Os blogs informativos de verdade seriam uma grande minoria.

Na verdade, o link para a matéria me apareceu quando lia o excelente blog Leituras do Dia, que compila links interessantes. Então não é como se os blogs informativos fossem completamente inexistentes. Mas pode-se compreender o raciocínio de Dória. Quase todos os blogs que se vê por aí são do tipo: "Queria mandar um abraçççaum pras minhas miguxas do coraçççaum Mi, Pri, Kel e Rel... Amu vcs guriiiaaas". Ou qualquer coisa desta natureza.

Alguns weblogs são interessantes, mas alguns são fenomenais. Pena que poucos são brasileiros. Mas também, excelentes blogs do tipo mesa de bar aparecem por aí, mas são segmentados ao extremo.


novo livro lido

Há alguns posts atrás informei que Neil Gaiman escreveria um roteiro para cinema baseado no livro Fermata de Nicholson Baker.

Se for verdade - e vejam bem, li essa informação em uma entrevista do próprio autor - mal posso esperar para ver o resultado.

Li o livro e posso dizer que foi das coisas mais obscenamente engraçadas que já tive o prazer de ler. Recomendo fortemente. (Exceto para os fracos de espírito).

Próxima meta: arranjar uma cópia do livro U and I, do mesmo autor, que é um ensaio não-ficcional autobiográfico sobre seu amor literário por John Updike. Heh. Existem grandes possibilidades do sr. Baker virar um de meus autores favoritos.

Monday, May 09, 2005

dominar o mundo? só depois de Friends.

Em duas reportagens, leio que a humanidade está supostamente ficando mais inteligente à medida que o tempo passa. As duas matérias - uma na Wired e a outra na New Yorker - discutem como o QI médio dos seres humanos está aumentando.

Ao mesmo tempo, lembro de um artigo publicado no site do New York Times que adiantava o primeiro capítulo de um livro que já dizia que talvez a mídia de massa não seja tão emburrecente quanto alguns clamam. Especialmente a televisão, que veicularia programas que estimulariam a inteligência da audiência. Concordei com alguns (The West Wing, 24 hrs) mas nem todas as alternativas são decentes.

Há alguma conexão? Será que, ao contrário do que a turma de Frankfurt dizia, a massificação da cultura tem um efeito otimizante?

(p.s.: por sinal, não acho o link para o NYT, mas acreditem em mim, a matéria existe.)

this gig´s nae for bairns

Nesta matéria do Times britânico descobre-se que Trainspotting - o livro - está rendendo uma fama a Edimburgo que a cidade não mais merece.

Considerada a cidade mais literária do ano passado pela Unesco, Edimburgo recebe diversos turistas entusiastas das histórias de Irvine Welsh, que pagam 8£ por um tour pelas partes da cidade em que Mark Renton, Sick Boy, Spud e Begbie enlouqueciam na década de 80. (A saber: estações de trem repletas de viciados, bares pouco convidativos à famílias de bem, antros de traficantes, esse tipo de coisa).

Welsh não desaprova a iniciativa do guia, mas também não está pronto para endorsar.

Eu me pergunto no que isso é diferente daquelas viagens à Europa seguindo os caminhos descritos n´O Código da Vinci? Será que só porque um livro é bom pode-se fazer aventuras desta natureza?

Mas também, alguém tem que ganhar dinheiro com literatura. Mesmo que seja sem escrever.

(link via bookslut)

Saturday, May 07, 2005

back to the future

Hah. De máquina nova e voltando a postar.

Mas o negócio engraçado da semana é que, nessas de criar configurações para um ordenador novo, senti meio que uma saudade dos tempos do RPG. Não do jogo em si. Mas sim de criar novos personagens. Sempre foi do que eu mais gostei.

Se eu fosse quadrinista, eu seria como Stan Lee.