ClicRBS lê Terra que lê Boing Boing.
Atenção nas datas e horas.
Poema hypermoderno. Publicarei no meu livro de poesias do futuro. (hah).
Thursday, July 27, 2006
Monday, July 24, 2006
heavy boots
Traduzido por Daniel Galera, o livro Extremamente Perto & Incrivelmente Alto de Jonathan Safram Foer é um livro muito legal. Narradores mirins super-espertos (ou nem tanto) são sempre garantia de simpatia, e realmente não dá para entender pessoas que gostam de Harry Potter. O guri é muito burro.
Galera fala aqui sobre aquela sensação estranha de ver uma tradução sua publicada. "Fico com as botas extremamente pesadas". O No Mínimo cola uma pequena parte aqui. Mantiveram a capa original, o que parece ser algo muito bom, já que todos estão falando a respeito. (Eu não entendo de capas, mas compro livros quando gosto delas.).
Galera fala aqui sobre aquela sensação estranha de ver uma tradução sua publicada. "Fico com as botas extremamente pesadas". O No Mínimo cola uma pequena parte aqui. Mantiveram a capa original, o que parece ser algo muito bom, já que todos estão falando a respeito. (Eu não entendo de capas, mas compro livros quando gosto delas.).
Tuesday, July 18, 2006
Tuesday, July 04, 2006
a voz de uma geração
Este artigo da Time tenta esclarecer quem é o autor que representa a atual geração de escritores norte-americanos (ou de língua inglesa, vá lá). Particularmente, eu não vejo uma geração propriamente dita - discussão que pode se estender mesmo para os limites do nosso território tupi-literário - e devido a essa falta de unidade, digamos editorial, não poderia haver um expoente, um farol.
Os caras da Era do Jazz se preocupavam em escrever sobre bebidas, e corridas (fossem de carros ou de cavalos), e mulheres, e mais bebida. (Estou falando sem propriedade nenhuma, na verdade estou falando apenas de Fitzgerald e Hemingway,e mesmo assim, sem propriedade nenhuma sobre esses dois). Mas eles tinham uma interesse em temas que eram próximos a eles. Escreviam de maneiras diversas uns dos outros, mas tinham interesses parecidos, em bebida, e mulheres, e bebida, e conflitos armados. Esse era o ponto de corte deles.
Os autores com menos de 40 anos de hoje têm em comum a forma. Ou a falta dela. Prefácios moderninhos, formatação diferenciada, piadinhas já nos agradecimentos, mistura de ficção e não-ficção, imagens e fotos misturadas no texto. Esse tipo de coisa. Nada contra, claro. Eu amo muito tudo isso. Mas é só isso que eles têm em comum, o fato de que se diferem tanto a ponto de não terem nada em comum. São iguais em serem diferentes. O artigo menciona alguns autores jovens bem interessantes, como Zadie Smith, Jonathan Safran Foer e Jhumpa Lahiri (grande chances de se encontrar uma grafia errada ali), e desconsidera como vozes desta geração David Foster Wallace e Jonathan Franzen - que já seriam velhos demais, são vozes de outra geração; o que é meio absurdo.
Se ser a voz de uma geração significa escrever pela primeira vez - e não necessariamente da melhor maneira - sobre como se sente, se comporta e se movimenta a mais nova geração de pessoas, então talvez não encontremos ninguém. Nem aqui nem lá.
Os caras da Era do Jazz se preocupavam em escrever sobre bebidas, e corridas (fossem de carros ou de cavalos), e mulheres, e mais bebida. (Estou falando sem propriedade nenhuma, na verdade estou falando apenas de Fitzgerald e Hemingway,e mesmo assim, sem propriedade nenhuma sobre esses dois). Mas eles tinham uma interesse em temas que eram próximos a eles. Escreviam de maneiras diversas uns dos outros, mas tinham interesses parecidos, em bebida, e mulheres, e bebida, e conflitos armados. Esse era o ponto de corte deles.
Os autores com menos de 40 anos de hoje têm em comum a forma. Ou a falta dela. Prefácios moderninhos, formatação diferenciada, piadinhas já nos agradecimentos, mistura de ficção e não-ficção, imagens e fotos misturadas no texto. Esse tipo de coisa. Nada contra, claro. Eu amo muito tudo isso. Mas é só isso que eles têm em comum, o fato de que se diferem tanto a ponto de não terem nada em comum. São iguais em serem diferentes. O artigo menciona alguns autores jovens bem interessantes, como Zadie Smith, Jonathan Safran Foer e Jhumpa Lahiri (grande chances de se encontrar uma grafia errada ali), e desconsidera como vozes desta geração David Foster Wallace e Jonathan Franzen - que já seriam velhos demais, são vozes de outra geração; o que é meio absurdo.
Se ser a voz de uma geração significa escrever pela primeira vez - e não necessariamente da melhor maneira - sobre como se sente, se comporta e se movimenta a mais nova geração de pessoas, então talvez não encontremos ninguém. Nem aqui nem lá.
"Writers are always speaking for themselves and not for a generation. I don't know if they want that responsibility. I think it's something that nobody would feel comfortable with unless the ego was completely untrammeled."Não sei se é uma questão de responsabilidade. Se eu fosse um escritor publicado, talvez tivesse vergonha em ser reconhecido como a voz desta geração. Ou da última. Ou da próxima. O que mais percebo em entrevistas de autores com menos de 40 anos no Brasil de hoje, é uma reticência em se enquadrar em um grupo, em uma geração literária. Talvez isso aconteça por que queiram se diferenciar dos outros escritores, mas eu acho mesmo é que eles querem se diferenciar das pessoas.
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