Tuesday, January 17, 2006

raindrops

Premiação legalzinha. Os melhores discursos foram os de melhor ator em televisão (comédia e drama) certamente. Quando eu achei que Hugh Laurie tinha detonado Steve Carell apareceu e fez um dos discursos mais legais.

De resto foi mais ou menos. Quero ver Capote, cowboys gays - não Rocky e Hudson e sim os outros - Empire Falls, o The Office versão americana e Good Night and Good Luck.

Apostas para o Oscar:

filme: Brokeback Mountain
diretor: Ang Lee
roteiro: Brokeback Mountain
ator: Phillip Seymour Hoffman
atriz: Felicity Huffman (hum, a cacofonia vai ser engraçada)

Talvez Reese Witherspoon tenha chance se fizerem sua indicação como Atriz Coadjuvante.

Lista completa aqui.

Monday, January 16, 2006

grande descoberta (perhaps)

Notícia interessante, porém não nova. Já havia lido sobre o assunto em alguns textos, mas é a primeira vez que vejo aparecer em mídias mais convencionais.

Em um ano de Freys e coreanos fraudadores, entretanto, todo o cuidado é pouco. Com a sorte que andamos, pode ser que isso se prove uma mentira sem tamanho.

Saturday, January 14, 2006

life on mars

Recomendada por Warren Ellis na sua lista de e-mails , a série da BBC Life on Mars é bastante interessante. Previsão de oito episódios - o primeiro foi ao ar dia 9, o segundo vai ao ar dia 16 - com uma história fechada, sobre um policial inglês que depois de ser atropelado no ano de 2006 acorda no ano de 1973, ainda policial mas com umas lapelas a mais.

O primeiro episódio foi bom. E, como Ellis disse, algo que parecia ser ruim se mostrou interessante e até mesmo bizarro em algumas partes. Espera-se que não dê merda.

torso

Excelente notícia. Finalmente uma das obras mais legais da fase independente de Brian Bendis sairá em versão cinematográfica.

Na série Fortune and Glory, Bendis mostrava como eram as negociações em Hollywood quando tentava vender os direitos e o roteiro de AKA Goldfish. Sua tentativa de escrever o roteiro do filme foi engraçadíssima, especialmente porque ele, como um autor mais do que prolixo, não conseguia entender que tinha que cortar texto. Cortar texto, vejam só.

Mas o momento mais hilário de toda a série, certamente, foi quando um grupo de produtores se interessou por Torso. Quando um dos produtores pergunta com quem estão os direitos do personagem Elliot Ness, Bendis responde:

"Com ninguém. Ele existiu de verdade. Não existem direitos."

O produtor retruca:

"Não pode ser. Este é um personagem inventado, alguém deve ter os direitos sobre ele. E mais, podemos talvez fazer ele mais jovem. Tipo, uns 21 anos.?"

Isso me faz pensar que talvez essa não seja uma notícia tão excelente assim. Mas eu sou um esperançoso.

Wednesday, January 11, 2006

lagostas

Quero ler este livro.

David Foster Wallace parece ser uma daqueles autores que merecem ser lidos (e isso é baseado em entrevistas apenas), e, apesar de ter lido apenas uma obra sua (Breves Entrevistas com Homens Hediondos, traduzido) e de não ter nem chegado perto ainda da obra magna Infinite Jest (titânico livro de mais de mil páginas) sinto que vou começar mesmo por esse livro de ensaios.


Não-ficção pode ser uma dessas coisas muito, mas muito, chatas. Quando feita de uma determinada maneira, entretanto, ensaios podem trazer textos cheios de vida e opinião. Acho que esse é um desses casos.

No livro, Wallace escreve sobre a ética e a moral de se comer animais e sobre se e como os mesmo sentem algum tipo de dor quando são sacrificados. O título do livro ainda é seguido de outros, como a quase-reportagem que Wallace fez para a revista Premiere cobrindo o AVN Awards*. Ninguém grita newjournalism antes de ler o livro.

Recentemente publicado no Brasil, o autor das notas-de-rodapé** provavelmente não fará sucesso algum.


* O Oscar da Pornografia, para os menos chegados em saber de tudo.
** Isso é meio verdade. Suas notas de rodapé às vezes dariam um livro inteiro. É um dos motivos pessoais de eu gostar dele. Sempre achei que se eu fosse escritor colocaria toneladas de notas de rodapé em tudo que escrevesse. Inclusive notas sobre as notas - coisa que ele mesmo já fez e faz - ; mas daí vieram os textos de sociologia e estragaram tudo.

números da caminhada no parcão

Número de iPod Nano vistos: 2

Número de pessoas correndo: menor que o normal (calor)

Número de nerds gordos sentados nos bancos: um a menos, eu estava caminhando.

Número de Golden Retrievers: maior que o normal. Acho que o Golden Retriever é o Cocker Spaniel desta estação.

Tuesday, January 10, 2006

o problema com as editoras? não. o problema com os jornalistas.

De vez em quando um jornal fica sem pauta, eu imagino. Isso deve acontecer. Não cheguei a ver isso nas aulas de Introdução ao Jornalismo mas certamente acontece vez que outra em qualquer editoria.

Daí vêm os testes. As matéria de jornalista na pele de alguma profissão. Os perfis suspeitos. Desta vez, decidiram redigitar alguns livros aclamados e ganhadores de prêmios e enviaram para editoras. Que prontamente os recusaram. Li algumas opiniões sobre o assunto aqui e ali. Neil Gaiman não achou o assunto digno de muita nota, esclarecendo que livros novos são recusados o tempo todo. Provavelmente é a posição mais sensata neste caso. Mesmo em um mercado editorial como o da língua inglesa onde, eu imagino, as vendas andam não-ruins.

No caso, os livros redigitados e apresentados como manuscritos originais eram de Stanley Middleton e V.S. Naipaul (escritor inglês de origem centro-americana ganhador do Nobel de literatura). Gaiman sustenta que provavelmente alguns editores recusaram o livro porque perceberam que alguém mandara um livro famosíssimo e não quiseram discutir porque: ou era uma brincadeira, ou era algum lunático perigoso. Para mim era os dois. E não só na conjectura.

Mas há um problema. Pelo menos uma editora recusou o livro e acrescentou uma nota explicatória, em que julgava as qualidades do livro, mas não falava nada a respeito de ele ser uma cópia de um vencedor do Booker Prize. Isso sim é bizarro. Mas é só minha opinião, obviamente.

Eu ainda queria ver testada uma teoria. Algum escritor com reconhecimento positivo da crítica e do público deveria tentar escrever e submeter ao crivo de editoras um livro muito ruim. Como as roupas do imperador, gostaria de saber quem iria dizer a verdade antes de todos os outros.

(Pensando bem, acho que isso já foi feito; sistematicamente, ainda por cima. Só esqueceram de avisar a todos.)