Adentrando o fantástico, obscuro e solitário mundo dos podcasts, assinei alguns via itunes.
O aglomerado de músicas selecionadas por Warren Ellis, chamado de Apparat e o programa Comic Geek Speak dominam por enquanto. O primeiro é só minha tentativa de ouvir música nova sem ficar torcendo a cara; mas os segundo pode se tornar uma preciosidade encontrada este ano.
A premissa: alguns nerds malditos se reunem e discutem histórias em quadrinhos. Só isso. Basicamente o que eu gostaria de fazer. Na real, isso eu até fazia de graça.
(Na verdade, eu faço isso de graça. só que ao vivo. E ninguém que eu saiba assina no itunes. )
Mas o Comic Geek speak vale realmente assinar, especialmente pelo valor das discussões. O episódio 45 ainda é o melhor, com a participação de Geoff Klock, por telefone, diretamente do velho continente. Klock é o autor do livro How to read Super-hero Comics and Why (recomendado primeiramente para mim pelo sr. Leituras do Dia, a quem agradeço publicamente pela iluminação, especialmente porque ele, assim como eu, não tem trackback), este livro parece ser um verdadeiro tesouro para ler, em que se analisa o movimento dos quadrinhos de super-heróis pós-era de prata, dentro do contexto hiper-realista e violento criado a partir de Watchmen e Cavaleiro das Trevas.
Anyway, no podcast 45 eles discutem de tudo e mais um pouco, chegando a conclusões precipitadas e engraçadíssimas como o fato de Grant Morrison ser Deus.
O que é uma bobagem sem tamanho.
Todos sabem que Alan Moore é Deus.
Voltando a programação normal: excelente aquisição para a biblioteca. Usarei a entrevista na mono. (Altamente cool usar entrevistas de podcasts em trabalhos acadêmicos. Isso quer dizer que eu estou na crista da onda.) Lerei o livro de qualquer forma. Mandarei e-mail para esse cara elogiando o trabalho e ao mesmo tempo questionando como ele errou duas perguntas de três no trivia-questionário mandado por um ouvinte. (Não entendeu? Vai escutar o programa). Nessa ordem.
Saturday, November 12, 2005
Friday, November 11, 2005
por que eu odeio a internet
Ok.
Isso já tinha acontecido antes. Primeiro eu consigo um download da graphic novel Blankets, do sr. Craig Thompson, apenas para descobrir que a cópia digital que vem está em espanhol.
O que vem a ser uma coisa inadmissível.
Agora Jimmy Corrigan (do novo prodígio Chris Ware) vem em francês, o que não é tão ruim quanto o espanhol, mas ainda assim inesperado e, na falta de uma palavra melhor, chato.
Se Black Hole vier em italiano eu vou surtar de vez.
Isso é para aprender a não piratear e comprar as coisas legalmente de uma vez.
Isso já tinha acontecido antes. Primeiro eu consigo um download da graphic novel Blankets, do sr. Craig Thompson, apenas para descobrir que a cópia digital que vem está em espanhol.
O que vem a ser uma coisa inadmissível.
Agora Jimmy Corrigan (do novo prodígio Chris Ware) vem em francês, o que não é tão ruim quanto o espanhol, mas ainda assim inesperado e, na falta de uma palavra melhor, chato.
Se Black Hole vier em italiano eu vou surtar de vez.
Isso é para aprender a não piratear e comprar as coisas legalmente de uma vez.
Monday, November 07, 2005
desafio
Este site propõe um desafio aos internautas:
escrever um romance - do zero, de no mínimo 50.000 palavras - em um mês.
Você se inscreve e tem até 30 de novembro para finalizar o livro. Não só vou tentar como me inscreverei no projeto dia 20 de novembro.
Sabe como é, para apimentar um pouco as coisas.
(Pai: acho que este ano está meio em cima da hora, mas ano que vem tá pra ti.)
escrever um romance - do zero, de no mínimo 50.000 palavras - em um mês.
Você se inscreve e tem até 30 de novembro para finalizar o livro. Não só vou tentar como me inscreverei no projeto dia 20 de novembro.
Sabe como é, para apimentar um pouco as coisas.
(Pai: acho que este ano está meio em cima da hora, mas ano que vem tá pra ti.)
Sunday, November 06, 2005
the last sane man in england
Bonita matéria a respeito do escritor britânico Alan Moore.
(Gênio total, louco bizarro, inglês barbudo, escritor fenomenal. Escolha qualquer das designações anteriores para ele).
Ele e o jornalista falam sobre Quadrinhos, Cabala, fama, cinema, adaptações e futuro.
Mas sempre com a mesma falha: relatam todos os sucessos de Moore nos quadrinhos, desde que começou, mas sempre se esquecem de Miracleman. Não é possível que não tenham lido. Certamente há uma conspiração para manter os leitores na ignorância.
(Gênio total, louco bizarro, inglês barbudo, escritor fenomenal. Escolha qualquer das designações anteriores para ele).
Ele e o jornalista falam sobre Quadrinhos, Cabala, fama, cinema, adaptações e futuro.
Mas sempre com a mesma falha: relatam todos os sucessos de Moore nos quadrinhos, desde que começou, mas sempre se esquecem de Miracleman. Não é possível que não tenham lido. Certamente há uma conspiração para manter os leitores na ignorância.
casa branca
The West Wing é provavelmente um dos seriados mais geniais já feitos. Diálogos inteligentes, edição rápida, múltiplas câmeras, sequências complexas, personagens convincentes e uma miríade de episódios que, na medida do possível, tentam passar algum tipo de atividade cerebral para a televisão e seu público.
Mas não é por isso que West Wing é tão importante. É devido ao fato de ajudar de maneira substancial na leitura de um livrinho muito complicado chamado Fear And Loathing In The Campaign Trail '72, do falecido madman e guru do gonzo Hunter S. Thompson.
Li o livro há uns cinco anos (no original) e devo ter entendido uns 40%. Sério. E o problema não é a maldita língua, nem o jeito bizarro que o autor escreve, mas sim toda a questão política estadunidense. Por isso West Wing é tão bom, mesmo quando você não entende nada, você ainda aprende alguma coisa. E nada melhor para entender The West Wing do que um livro chamado A Era Dourada, do sr. Gore Vidal, cavalheiro, romancista histórico, observador espirituoso e narrador perfeccionista.
No livro dele (A Era Dourada) se tem todo a movimentação política em Washington e arredores nos dez anos que compuseram a criação dos Estados Unidos na maior potência dos últimos séculos. Nos períodos que abarcam o terceiro mandato de Roosevelt à presidência e a entrada dos EUa na II Guerra Mundial até , bom, ainda não li o final, não sei em que época termina; minha opinião é que se estenda até o final do mandato verdadeiro de Truman (aquele em que ele se elegeu de verdade) o livro discute candidaturas, indicações, jogo de poder, papel da imprensa, surgimento da televisão, tudo em prosa difícil - mas compreensível.
Por isso, ordem de leitura: ler a Era Dourada, assistir The West Wing e depois poder se dar ao luxo de entender todas as piadas em Campaign Trail '72.
Mas não é por isso que West Wing é tão importante. É devido ao fato de ajudar de maneira substancial na leitura de um livrinho muito complicado chamado Fear And Loathing In The Campaign Trail '72, do falecido madman e guru do gonzo Hunter S. Thompson.
Li o livro há uns cinco anos (no original) e devo ter entendido uns 40%. Sério. E o problema não é a maldita língua, nem o jeito bizarro que o autor escreve, mas sim toda a questão política estadunidense. Por isso West Wing é tão bom, mesmo quando você não entende nada, você ainda aprende alguma coisa. E nada melhor para entender The West Wing do que um livro chamado A Era Dourada, do sr. Gore Vidal, cavalheiro, romancista histórico, observador espirituoso e narrador perfeccionista.
No livro dele (A Era Dourada) se tem todo a movimentação política em Washington e arredores nos dez anos que compuseram a criação dos Estados Unidos na maior potência dos últimos séculos. Nos períodos que abarcam o terceiro mandato de Roosevelt à presidência e a entrada dos EUa na II Guerra Mundial até , bom, ainda não li o final, não sei em que época termina; minha opinião é que se estenda até o final do mandato verdadeiro de Truman (aquele em que ele se elegeu de verdade) o livro discute candidaturas, indicações, jogo de poder, papel da imprensa, surgimento da televisão, tudo em prosa difícil - mas compreensível.
Por isso, ordem de leitura: ler a Era Dourada, assistir The West Wing e depois poder se dar ao luxo de entender todas as piadas em Campaign Trail '72.
Tuesday, November 01, 2005
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