Saturday, November 12, 2005

podcast

Adentrando o fantástico, obscuro e solitário mundo dos podcasts, assinei alguns via itunes.

O aglomerado de músicas selecionadas por Warren Ellis, chamado de Apparat e o programa Comic Geek Speak dominam por enquanto. O primeiro é só minha tentativa de ouvir música nova sem ficar torcendo a cara; mas os segundo pode se tornar uma preciosidade encontrada este ano.

A premissa: alguns nerds malditos se reunem e discutem histórias em quadrinhos. Só isso. Basicamente o que eu gostaria de fazer. Na real, isso eu até fazia de graça.

(Na verdade, eu faço isso de graça. só que ao vivo. E ninguém que eu saiba assina no itunes. )

Mas o Comic Geek speak vale realmente assinar, especialmente pelo valor das discussões. O episódio 45 ainda é o melhor, com a participação de Geoff Klock, por telefone, diretamente do velho continente. Klock é o autor do livro How to read Super-hero Comics and Why (recomendado primeiramente para mim pelo sr. Leituras do Dia, a quem agradeço publicamente pela iluminação, especialmente porque ele, assim como eu, não tem trackback), este livro parece ser um verdadeiro tesouro para ler, em que se analisa o movimento dos quadrinhos de super-heróis pós-era de prata, dentro do contexto hiper-realista e violento criado a partir de Watchmen e Cavaleiro das Trevas.

Anyway, no podcast 45 eles discutem de tudo e mais um pouco, chegando a conclusões precipitadas e engraçadíssimas como o fato de Grant Morrison ser Deus.

O que é uma bobagem sem tamanho.

Todos sabem que Alan Moore é Deus.

Voltando a programação normal: excelente aquisição para a biblioteca. Usarei a entrevista na mono. (Altamente cool usar entrevistas de podcasts em trabalhos acadêmicos. Isso quer dizer que eu estou na crista da onda.) Lerei o livro de qualquer forma. Mandarei e-mail para esse cara elogiando o trabalho e ao mesmo tempo questionando como ele errou duas perguntas de três no trivia-questionário mandado por um ouvinte. (Não entendeu? Vai escutar o programa). Nessa ordem.


Friday, November 11, 2005

por que eu odeio a internet

Ok.

Isso já tinha acontecido antes. Primeiro eu consigo um download da graphic novel Blankets, do sr. Craig Thompson, apenas para descobrir que a cópia digital que vem está em espanhol.

O que vem a ser uma coisa inadmissível.

Agora Jimmy Corrigan (do novo prodígio Chris Ware) vem em francês, o que não é tão ruim quanto o espanhol, mas ainda assim inesperado e, na falta de uma palavra melhor, chato.

Se Black Hole vier em italiano eu vou surtar de vez.

Isso é para aprender a não piratear e comprar as coisas legalmente de uma vez.

Monday, November 07, 2005

desafio

Este site propõe um desafio aos internautas:

escrever um romance - do zero, de no mínimo 50.000 palavras - em um mês.

Você se inscreve e tem até 30 de novembro para finalizar o livro. Não só vou tentar como me inscreverei no projeto dia 20 de novembro.

Sabe como é, para apimentar um pouco as coisas.

(Pai: acho que este ano está meio em cima da hora, mas ano que vem tá pra ti.)

Sunday, November 06, 2005

the last sane man in england

Bonita matéria a respeito do escritor britânico Alan Moore.

(Gênio total, louco bizarro, inglês barbudo, escritor fenomenal. Escolha qualquer das designações anteriores para ele).

Ele e o jornalista falam sobre Quadrinhos, Cabala, fama, cinema, adaptações e futuro.

Mas sempre com a mesma falha: relatam todos os sucessos de Moore nos quadrinhos, desde que começou, mas sempre se esquecem de Miracleman. Não é possível que não tenham lido. Certamente há uma conspiração para manter os leitores na ignorância.


casa branca

The West Wing é provavelmente um dos seriados mais geniais já feitos. Diálogos inteligentes, edição rápida, múltiplas câmeras, sequências complexas, personagens convincentes e uma miríade de episódios que, na medida do possível, tentam passar algum tipo de atividade cerebral para a televisão e seu público.

Mas não é por isso que West Wing é tão importante. É devido ao fato de ajudar de maneira substancial na leitura de um livrinho muito complicado chamado Fear And Loathing In The Campaign Trail '72, do falecido madman e guru do gonzo Hunter S. Thompson.

Li o livro há uns cinco anos (no original) e devo ter entendido uns 40%. Sério. E o problema não é a maldita língua, nem o jeito bizarro que o autor escreve, mas sim toda a questão política estadunidense. Por isso West Wing é tão bom, mesmo quando você não entende nada, você ainda aprende alguma coisa. E nada melhor para entender The West Wing do que um livro chamado A Era Dourada, do sr. Gore Vidal, cavalheiro, romancista histórico, observador espirituoso e narrador perfeccionista.

No livro dele (A Era Dourada) se tem todo a movimentação política em Washington e arredores nos dez anos que compuseram a criação dos Estados Unidos na maior potência dos últimos séculos. Nos períodos que abarcam o terceiro mandato de Roosevelt à presidência e a entrada dos EUa na II Guerra Mundial até , bom, ainda não li o final, não sei em que época termina; minha opinião é que se estenda até o final do mandato verdadeiro de Truman (aquele em que ele se elegeu de verdade) o livro discute candidaturas, indicações, jogo de poder, papel da imprensa, surgimento da televisão, tudo em prosa difícil - mas compreensível.

Por isso, ordem de leitura: ler a Era Dourada, assistir The West Wing e depois poder se dar ao luxo de entender todas as piadas em Campaign Trail '72.

Tuesday, November 01, 2005


Começarei a postar coisas artísticas. É o começo do fim.